domingo, 17 de abril de 2011

47. Outro motivo para Vingança.

47. Outro motivo para Vingança.

— Do que vocês estão falando, Jasper? - perguntaram papai e vovô.
— Foi há muito tempo, quando eu ainda “trabalhava” com Maria. - disse tio Jasper.
— Exato. - falou Joham. - Conto eu ou você, a nossa triste história?
— Como todos sabem, Maria e eu criamos um exército de recém-criados, para lutarmos.
“Joham fazia parte do exército inimigo. Ele também montou um para nos destruir.”
— Sim, eles eram os mais fortes no sul. - interrompeu Joham. - E todos queriam destruí-los. Então eu decidi criar um exército.
— Mas, se apaixonou por sua última transformada. E como não podiam ter filhos, decidiram criar uma criança imortal.
A boca de Tânia e Kate se abriram, eu sabia da história triste das duas.
— Minha Nayra e meu Klud. - sua expressão era pesarosa.
— Sim. - disse Jas com um olhar distante. - Vocês não desistiram do exército e Maria e eu decidimos atacá-los.
“Foi numa noite de verão que nós fomos até vocês. Eu liderava o exército. Vocês foram pegos de surpresa.”
— Infelizmente sim, porque senão... - Joham deixou implícito o resto da frase.
— Você rapidamente agrupou seus recém-criados, mas nós éramos em maior número.  - continuou Jasper.
“Maria sabia qual era o seu ponto fraco. A criança.”
Segurei a respiração.
— Ela me mandou matar o... Klud. E claro que eu fui. - o olhar de Jasper ficou concentrado no passado cruel. - Nayra estava protegendo a criança.
— E você a matou. - a voz de Joham era ríspida. - Você a matou, na minha frente e depois matou meu filho, meu filhinho. Você foi cruel.
— Sim, eu os matei porque Maria mandou. - disse Jasper.
— E depois ia me matar. - concluiu Joham.
— É lógico que sim. Você era o criador do exército. Mas, você fugiu. - o olhar de meu tio continuava fixado no passado.
— Foi. Depois que eu vi minha mulher e meu filho mortos, as únicas coisas que eu realmente amava, eu quase decidi me entregar à morte também. Quase, porque no instante seguinte, eu mudei de ideia. Eu quis fugir.
Jasper ficou em silêncio.
— Enquanto eu fugia transtornado, eu jurei a mim mesmo que um dia iríamos nos encontrar novamente. Eu jurei que quando isso acontecesse, que você iria morrer. Você e quem mais estivessem no lugar. - os olhos de Joham se estreitaram de ódio.
Jasper voltou ao presente e olhou Joham.
— Me desculpe, Joham. Naquele tempo eu era um brinquedo manipulado por Maria. Mas, eu mudei. Eu sai daquela vida de matança, eu estava cansado.
— Não quero suas desculpas. Quero sua morte. A sua morte e a morte da sua parceira. - ele olhou para Alice. - Claro, que ela vai ir primeiro. Quero que você sofra o que eu sofri.
Jasper foi para frente de Alice protetoramente.
— Você não vai matá-la. - a voz de meu tio Jasper era amedrontada e ríspida.
— Vou sim, mas não vai ser eu que vou matá-lo. - disse Joham e sorriu. - Quem vai matá-lo vai ser ela.
Ele olhou para a floresta e todos seguimos o seu olhar.
De lá saiu ela.
Era uma vampira linda, com longos cabelos encaracolados castanhos, olhos vermelhos e com um sorriso nos lábios carnudos.
Eu nunca a havia visto, mas sabia de quem se tratava. Maria.
— Olá, Jasper, meu querido. - ela sorriu para ele. - Como vai? Sentiu saudades de mim, meu amor?
Os olhos de Jasper se arregalaram e sua face ficou mais branca do que já era.
Mas, os olhos de Alice se estreitaram e se encheram de ódio pela vampira que acabara de entrar.
A baixinha saiu de trás de Jasper e encarou a vampira com os punhos serrados.
— Nunca mais chame meu Jasper de “meu amor”. Tá me entendendo? - perguntou ela para Maria.
— Querida... Ele já foi meu muito antes de ser seu. Na verdade acho que ele ainda me pertence. - a vampira sorriu.
Alice a xingou. Foi estranho ouvir aquela palavra saindo de sua boca com sua voz de replicar de sinos.
Joham e Emmet riram.
— Ele nunca foi seu. Ele nunca a amou. - disse Alice. Não, gritou Alice.
— Amou sim, ele fazia tudo o que eu queria.
— Você o manipulou, sua... Sua...
— Maria. - disse Jasper ainda olhando para a vampira. - Claro que você também iria se juntar com eles para me destruir.
— Meu amor, eu não quero ter de destruir você. Junte-se a nós. Junte-se a mim novamente, meu amor. - disse Maria com os olhos carmesins brilhantes e esperançosos.
Alice olhou para Jasper com preocupação e medo.
— Jas... - disse ela com um sussurro.
Meio que hipnotizado, Jasper começou a andar até Maria.
Eleazar o segurou com força. Jasper tentou se afastar, mas não conseguiu.
— Bella! Faça seu escudo. Rápido! - ordenou Eleazar.
Mamãe se concentrou e soltou um suspiro quando o escudo invisível foi para o lugar.
Instantaneamente, Jasper voltou a si e olhou ao redor com um olhar confuso.
— Mas que diabos... - murmurou.
— É o dom dela. - Eleazar o interrompeu.
Alice ficou ainda mais nervosa e estava a ponto de se atracar contra a vampira, mas Jasper lhe lançou uma onde de serenidade.
— Eu nunca trocaria você, Alice. - Jasper lhe disse.
Alice suspirou e sorriu. Depois olhou para Maria - que estava com o rosto frustrado - e mostrou a língua.
Meu pai sorriu por um instante, mas depois todos voltaram a ficar sérios e encaramos nossos oponentes.
— Não adianta usar seu dom em mim, Maria. Eu nunca, jamais, iria deixar Alice. Minha Alice. - falou Jas e sorriu para a parceira.
— É uma pena, Jasper. Poderíamos ter ficado juntos, vivos. - Maria suspirou. - Poderíamos ter sido muito felizes, meu amor. - outro suspiro. - Porque teve que estragar tudo, Jasper?! Você sabe que pertencemos um ao outro.
— Não, Maria. Eu nunca a amei. A única que já se apossou do meu coração foi Alice. - Jasper disse para a vampira que o olhava tristemente.
— Realmente é uma pena que terei de matá-lo.
—Tente. - disse a marrenta Alice.
Aro limpou a garganta e nossa atenção voltou-se novamente para os anciãos.
— Eu sei qual, provavelmente, vai ser a resposta, mas não posso deixar de perguntar. Não posso por que seria uma pena perder tantos dons maravilhosos. - ele suspirou. - Então, alguém quer se juntar a nós. Ao ganhadores?
Os lobos uivaram. Rapha e Sophi torceram o nariz. E os demais vampiros fizeram som de desagrado.
Ninguém ia se juntar aos Volturi.
Todos começaram a dividir quem pegaríamos.
Tânia queria Caius. Alice queria Maria. Joham ia ficar com Jasper. Emmet queria briga com o maior da guarda. Carlisle ficaria com Aro. Mamãe com Renata - escudo contra escudo. Papai ia com Marcus. Os demais pegariam os da guarda e os híbridos, mas infelizmente...
Nahuel sobrou para mim. Eu teria que matá-lo ou ser morta.
Ouvindo os nossos murmúrios, Aro arqueou as sobrancelhas e ergueu uma mão para deter o falatório.
— Já vimos que ninguém quer passar para nosso lado. - falou Aro com pesar. - Então vamos lutar.
E então a guerra explodiu.

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