domingo, 17 de abril de 2011

46. Os Volturi e os Híbridos

46. Os Volturi e os Híbridos

Os Volturi pararam longe de nós, mas como éramos vampiros, podíamos ouvir a distância que eles estavam - uns cento e cinquenta metros mais ou menos.
Encolhi-me quando os olhos vermelhos de Joham. Eram crueis.
Seus olhos não se permaneceram em mim por muito tempo, passaram para meus filhos.
Senti-me ficando vermelha de raiva. Eu queria matar Joham assim que a batalha se iniciasse.
Olhei para Nahuel que estava do lado de Joham. Seus olhos não eram mais carinhosos como da última vez que eu me lembro. Seus olhos eram um espelho dos do pai.
Olhei depois para a “flor” Volturi.
Os anciãos estavam todos me olhando e olhando aos meus filhos.
Olhei para papai, que estava lendo as mentes deles. Edward estava tenso e depois olhou para Carlisle.
— Acho melhor começarmos. - sussurrou papai.
Carlisle assentiu e andou alguns passos para frente, suspirando e limpando a garganta em seguida.
— Olá de novo Aro. - disse vovô e não esperou por uma resposta. - Não acha que estamos nos encontrando muito ultimamente?
Aro deu um sorriso sínico.
— A vida se torna monótona, Carlisle. Depois de um tempo não se tem mais nada para fazer. - respondeu.
— Claro que preferíamos nunca ter vindo aqui. - disse Caius.
— Bicha. - murmurou alguém do nosso lado. Reconheci a voz sendo de Emmet.
Alguns lobos não se aguentaram e riram. Eu mesma quase não me aguentei.
Caius nos fuzilou com o olhar, o que só deu mais vontade de rir em nós.
— Ah Carlisle... Claro que preferíamos ter de nos encontrar em situações mais agradáveis. - disse Aro com cordialidade.
— E o que torna essa situação desagradável? Veio nos destruir? Claro que sim, você montou um exército.
— Muito diferente de você?
— Estamos somente nos defendendo Aro. - disse Alec que estava visivelmente transtornado.
— Ah, Alec. Jane. - os olhos de Aro eram pesarosos enquanto passavam fitando os gêmeos. - Por que nos deixastes?
— Obviamente por causa da híbrida. - disse Caius.
Senti todos me olhando.
— Renesmee. Como vai, querida? - Aro sorriu.
Pigarreie e olhei dentro de seus olhos leitosos.
— Como acha? - desafiei. - Vocês vêm aqui para destruírem minha família e como acham que eu me sinto?
— Não viemos...
— Deixe de falsidade Aro. Sei do que vocês planejam, e agora não tem motivo algum para ficar de ladainha conosco. - falou a baixinha Alice.
Os olhos de Aro desviaram-se para ela e ficaram desejosos. Ele queria Alice em sua guarda mais do que queria qualquer um de nós.
— Minha querida Alice. Há quanto tempo... Senti sua falta. - Alice revirou os olhos. - Não quer mesmo se juntar a nós, querida?
— Eu? Com vocês? Faz-me rir.
Aro fez uma expressão triste. Tudo dramaticidade.
— Senão veio para nos destruir mes... Aro - corrigiu-se Jane. - Para que veio então e para que nos disse enquanto ainda morávamos no castelo Volturi que “haverá uma nova chance de vingança contra os Cullens. E desta vez venceremos meus queridos” ?
Aro ficou sem palavras.
— E por que você se mudou Jane? - perguntou um garoto da guarda inimiga. - Para morrer?
Jane pousou os olhos vermelhos no rapaz que se dirigia a ela. Sua expressão era de pena.
— Não, Carter. Eu vim tentar proteger quem está certo.
O garoto loiro revirou os olhos, mas não se calou. Aro o deixou falar - provavelmente ele queria que o garoto convencesse Jane a passar para o outro lado.
— Temos que nos vingar Jane. Lembra-se da última vez? Quando a humaninha recém-criada a deteve? - por um momento os olhos de Jane chamuscaram de raiva, mas ela voltou-se a si.
— É passado.
Carter soltou um riso de escárnio, mas eu vi que ele queria Jane a salvo. Raphael também percebeu e não gostou nada disso.
— Para de tentar fazer minha Jane mudar de ideia, senão eu te mato. - disse meu filho fazendo Aro arquear as sobrancelhas e finalmente dizer alguma coisa.
— Jane e... Quem é você? - seus olhos eram confusos, mas se clarearam no mesmo instante. - O filho de Renesmee, é claro. A propósito, parabéns querida, tens lindos filhos.
Minha visão ficou embaçada pelo ódio que eu senti.
— Vai protelar sobre eles também, Aro? - perguntei com a voz ríspida. - Ou vai direto para a guerra?
— Não vou falar nada sobre seus filhos, querida Nessie. - Jacob lá atrás uivou quando ele disse meu nome.
— Ótimo. - falou Maggie. - Posso identificar se o que falas é verdade Aro.
— Olá Maggie. Sete anos que não nos vemos, certo?!
Maggie em resposta o fuzilou com o olhar.
— Na verdade... Eu queria saber um pouco sobre seus filhos. - ele esticou a mão para Sophie que se contraiu e foi para perto de Alec. Ele a abraçou forte. - Por favor. Prometo não fazer nada.
Vi que nos olhos ingênuos de Sophi que ela acreditou nele e ainda pensou que se fosse até Aro, a possibilidade de guerra estaria acabada.
— Sophie, não.
Mas, ela foi. Começou a caminhar até Aro e depois parou numa área de ninguém.
Alec transtornado correu até ela e tentou fazê-la voltar. Nesse meio tempo, Aro já tinha chegado lá. Ele e outro guarda. Outra na verdade, era a tal da Renata.
Novamente ele estendeu a mão e tocou a palma de Sophi, vendo-lhe todos os pensamentos. Depois de minutos, desgrudou-se e fechou os olhos sorrindo.
— Interessante. - murmurou. - Um imprinting vampiresco.
Alec começou a recuar, puxando Sophie consigo.
— Fique longe dela. - falou e se postou a frente de Sophie.
— Eu te tratei como um filho e, é assim que você fala comigo, Alec? - Aro disse com tristeza na voz. - É assim que vocês - você, Jane, Félix, Demetri e Heidi - me tratam agora? Que desgosto. E tudo por sua irmãzinha Karina.
Demetri rosnou e Karina segurou-lhe o braço.
Alec e Sophie continuaram recuando até que chegaram até nós novamente.
Aro e Renata ficaram lá, parados, perto demais para meu gosto.
— Aro - disse papai. - Se quer se vingar comece logo e pare com suas ameaças não ditas. Não se esqueça de que temos muitos artifícios - ele indicou alguns vampiros. - para sabermos o que está pensando.
— E você Nahuel - falou mamãe com dó do garoto - O que aconteceu com sua tia? O que aconteceu com você?
— Ah, a minha tia. - ele sorriu. - Tivemos que bem, matá-la. - estremeci e a boca de mamãe se abriu. - E o quanto a mim, eu mudei. Pra melhor.
Nahuel olhou para o pai que sorriu.
— Isso mesmo, meu filho. Os filhos precisam ficar perto do pai. - ele sorriu para seu exército de híbridos. A maioria eram garotas de minha idade, havia poucos garotos.  
— Ah, - continuou Joham. - a melhor coisa que vocês fizeram foi juntar a tia burra dele e Nahuel no seu último encontro. - ele deu um sorriso que me gelou até a coluna. - Melhor para mim que ganhei aliados; pior para vocês que vão morrer.
— Não! - gritou minha filha. - Vocês não podem nos destruir, não podem! Não fizemos nada!
— Minha cara, você não precisa morrer. Pode se juntar a nós, aos Volturi! - ofereceu Aro com um brilho de desejo nos olhos.
— Nunca!
— Então... Então temo que não possamos fazer nada.
Aro nem negou que veio para nos matar. Sua fachada graciosa havia caído e senti que ele estava ansioso para nos ver mortos.
— O que nós fizemos? - perguntou Raphael. - Minha irmã e eu não causamos nenhum dano, então não me venha dizer que é este o motivo como fez com minha mãe sete anos atrás.
— Não, - começou Caius. - vocês não são o motivo; nós queremos vingança. Nenhum vampiro humilha os Volturi e acaba vivo.
Eu tinha certeza que iria vomitar a qualquer momento. Meus olhos caíram em Marcus que tinha uma aparência vaga, distante e tediosa.
Pelas minhas memórias, ele era assim sempre.
— Exatamente. - disse Aro. - Queriam saber o motivo, agora sabem.
— E claro que vamos vencer. - intrometeu-se Joham. - Mas, antes eu gostaria de dar uma palavrinha com este vampiro aqui.
Ele indicou Jasper, que estreitou os olhos, mas depois pareceu se recordar de alguma coisa. Algo do passado que ele sempre tentava esquecer.
— O que foi Jas? - perguntou Alice preocupada. - Vocês se conhecem?
Jasper e Joham assentiram.
— Eu nem me recordei que ele ainda estava vivo. - murmurou meu tio para ele mesmo. - Foi meu erro.
— Exato. Agora todos vão pagar por ele.

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