domingo, 17 de abril de 2011

43. Apendendo a lutar

43. Aprendendo a lutar.

Jasper.
Eu teria que ensinar vários vampiros a lutarem, mas isso na verdade em nada ajudaria.
Os Volturi eram super dotados e tinham mais vampiros na guarda do que nós.
A vitória para eles era certa, como a derrota para nós.
Eu também não gostava mais de entrar em uma batalha. Tudo me lembrava Maria e meu passado. Meu passado que eu não queria ter de lembrar.
Mas, por hoje eu teria. Teria que mostrar todas as táticas que eu usava no passado nas lutas dos recém-criados.
Ah, como eu me arrependia de ter matado todos aqueles vampiros. E eu só o fazia por ela, Maria.
Nunca deveria ter me apaixonado por ela.
Felizmente, aquela paixão acabou.
A paixão pode ter acabado, mas não os tempos de guerra.
Eu teria que relembrar tudo. Todas as mortes.
Porém, se isso fosse nos dar pelo menos alguns segundos na batalha, eu ajudaria.
Faria qualquer coisa por Alice e os Cullens.
Era por ela e por todos os outros, que agora eu relembrava do meu sórdido passado.

Renesmee.
Acordei e me vesti rapidamente naquela manhã.
Jacob estava me esperando, junto com meus filhos, com Seth e com Leah.
Ela não era mais tão antipática assim comigo, mas com mamãe era outra coisa.
— Bom dia Leah, Seth! - falei e sorri para os dois.
— Bom dia, Nessie! - falou Seth animadamente com uma rosquinha na boca. - Pronta para aprender a lutar?
Olhei bem para ele e vi que ele estava realmente ansioso para a batalha, afinal era a primeira vez dele lutando contra grandes e poderosos vampiros. Também seria a minha.
— Prontíssima! - respondi e evitei olhar para Jacob que certamente não estava nada feliz com a ideia de Sophie e eu lutando em algum lugar.
— Então vamos? - perguntou Leah olhando pela janela.
— Claro.
 Todos nós partimos da casa indo em direção a campina onde ocorriam nossos jogos de beisebol. 

Leah.
Eu sabia que Seth estava ansioso para a batalha.
O garoto era ingênuo e pensava que iríamos ganhar, mas a verdade era que íamos perder feio.
E perder significa morrer.
Novamente nós daríamos a nossa vida por aquele clã de sanguessugas.
Seth achava isso super maneiro, mas eu achava que era um saco.
Um porre maior do que ver sua prima namorando seu grande amor.
Um porre maior do que saber que você nunca seria amada por ninguém.
Um porre maior do que saber que você nunca poderá ser mãe por causa da estúpida transmutação.
Eu realmente queria poder ser normal, apenas humana. Eu realmente queria que não existissem vampiros e nem transformadores.
Eu queria que esse mundo fosse normal. Se fosse eu nunca teria perdido meu pai da maneira que perdi.
Ele não iria morrer se não estivesse sob estresse.
Ele iria estar aqui comigo, ouvindo todas as minhas queixas como quando eu era ainda apenas uma criancinha.
Infelizmente ele não poderia mais dar seus conselhos e nem seus sorrisos.
E ele também não poderia me avisar de onde fosse que ele estivesse o que estava prestes a acontecer.
Por quem eu estava prestes a me apaixonar.

Chegamos à campina. Todos os sanguessugas e todos os outros lobos já estavam lá.
Sam me olhou da maneira como sempre me olhava. Com pena.
Era o que mais me irritava. Eu não queria ser objeto de pena de ninguém.
Sentei-me do outro lado da campina, perto dos novos vampiros adquiridos pela família Cullen.
Os filhotes do Jacob sentaram do lado dos bruxos e eu me sentei perto de um vampiro super alto de cabelos negros e de íris vermelhas.
O nome dele era...
— Olá. - disse ele com um sorriso.
Não respondi e virei a cara.
— Não seja má educada. - percebi que tinha um sorriso nos lábios mesmo que eu não estivesse olhando.
— Não sou má educada. - falei bruscamente e me virei para ele. - Só não quero falar com você.
— E o que eu te fiz lobinha?
Minhas mãos começaram a tremer de raiva.
— Não me dê apelidos. - falei trincando os dentes. - Não temos intimidade nenhuma para tal fim.
— Não temos, mas podemos ter. - o sanguessuga tinha um sorriso malicioso enquanto me analisava com os olhos.
— Não estou interessada. - respondi e olhei para o meio da campina enquanto Jasper e Carlisle falavam entre si com a voz em um sussurro.
 — Pode ficar.
Ele não desistia?
— Olha aqui...
— Félix.
— Félix. - pronunciei o nome dele com desprezo. - Cala a sua boca antes que eu cale você.
— Ah, eu adoraria. - ele sorriu maliciosamente. - Com um beijo?
Bufei e me levantei, indo para o lado da matilha de Sam.
Sentei do lado do Quil que me deu um sorriso maroto.
— Problemas com o vampiro?
— Não é da sua conta. - falei com raiva. - E cala a sua boca, antes que eu voe no teu pescoço, idiota.
Ele imediatamente se calou. Quil sabia muito bem do meu jeito esquentado.
Jasper começou a falar.
Percorrendo meus olhos pela campina, vi que Félix me fitava intensamente.

Renesmee.
Eu agora lutava.
Depois de ouvir e ver alguns truques de combates, eu estava lutando pela primeira vez na minha vida.
Eu tentava derrubar tio Emm. Ele parecia um recém-criado e mesmo eu nunca antes tendo lutado, Emm parecia fácil de ser derrotado.
Eu ri quando ele urrou e se jogou sobre mim, não conseguindo me acertar.
Rapidamente o contornei e pulei em seu pescoço, derrubando-o no chão.
Minha primeira rodada: ganha.
— Outra! - gritou ele, mas Jasper negou com a cabeça e me cumprimentou.
— Parabéns, Nessie.
Sorri para ele e voltei para onde estava a minha família. Meus filhos aplaudiram.
A próxima rodada seria de Jane e Demetri.
— Tente não usar o dom, Jane. - falou Jas.
Ela o olhou como se fosse louco, mas não questionou.
A luta dos dois começou e Demetri se jogou para cima dela. Jane se desviou e enganchou os braços no pescoço de Demetri, mas antes de qualquer coisa a mais, ele a jogou no chão e agarrou o pescoço dela.
Raphael estava tenso e quase estava saindo de seu lugar para espancar Demetri.
Jane era mais esperta do que este, pois usou o peso de seu corpo contra o dele e o jogou no chão de novo, desta vez não errando no golpe.
Demetri se fingiu de morto e depois se levantou do chão.
Jane e ele bateram as mãos e voltaram para seus lugares, onde Raphael perguntou se ela estava bem e onde Karina o beijou.
Quase todos os vampiros novos formavam um casal agora. Quase todos.
Menos Félix e Heidi.
Bem, eu já vira Félix flertando com Leah, mas não sabia no que isso daria.
A próxima rodada foi a do Alec com... Sophie.
Alec sorriu para ela e depois começou a luta, ou melhor, a dança, pois ambos eram ágeis e não se deixavam pegar pelo outro.
Nunca imaginei que minha filhinha saberia lutar assim tão bem.
A luta continuou até que Alec conseguiu pegar Sophie pela cintura. Ao invés de jogá-la no chão como estavam fazendo os outros, ele a deitou e lhe deu um rápido beijo.
Sophi se levantou vermelha e saltitante.
Depois foi a vez de Raphael e Jacob.
Raphael era mais rápido e ganhou de Jacob.
O pai bagunçou o cabelo do filho e eles vieram se sentar.
Depois foi a vez de Jasper e Alice, onde a baixinha ganhou e depois foi a vez de mamãe e papai, onde papai venceu.
A de Esme e Carlisle acabou empatada e assim continuaram as lutas.
Todos aprendemos a lutar, ao menos um pouco e amanhã iríamos exercitar mais um pouco depois de caçar novamente.
Fiquei feliz de ter ganhado ao menos uma rodada. Quem sabe amanhã eu não lutaria e ganharia mais?
Descobri que eu gostava da adrenalina, mas eu também sabia que não queria que chegasse ao ponto de uma luta com os Volturi e com o Joham, ao mesmo tempo em que sabia que isso era impossível de não ocorrer.

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