segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

26. Plano Arriscado

Mais uma semana havia se passado, e o casamento seria daqui a duas semanas, eu com certeza estava ficando sem tempo.
Passei todos os dias dessa semana aperfeiçoando o meu plano de encontrar Alec, tentando torná-lo um pouco menos arriscado.
Claro, não adiantou de nada, nenhuma ideia me veio em mente.
Era um plano arriscado e nada do que eu pensasse o tornaria um pouco menos perigoso.
Então – sem mais nenhuma alternativa – eu comprei as passagens para Volterra, determinada a ter minha despedida com Alec.
Eu tinha dito a meus pais e a Jake que eu iria para um SPA de noivas, mesmo estando a duas semanas do casamento. Tinha um terrível pressentimento de que a desculpa era esfarrapada e que não iria colar. Foi, realmente, uma surpresa de que ninguém tenha desconfiado de nada, talvez eles pensassem que eu estava muito nervosa com o casamento chegando.
Com as passagens compradas só faltava eu cruzar os dedos para que ocorresse tudo bem e, que fosse fácil me despedir de Alec... Com certeza não seria nada fácil, mas eu tinha que ter um pouco de esperança.
Mais um dia e meu plano arriscado começaria.
Mesmo com medo, eu estava feliz de poder ver Alec novamente.
***
Um dia se passou rápido de mais e, agora eu me encontrava diante ao aeroporto, esperando que meu vôo fosse anunciado.
Perdida em meus pensamentos, eu me lembrava da despedida minha com Jake e com os meus pais.
 Olhando no fundo dos olhos de cada um deles parecia que eles sabiam que eu não estava indo para o SPA como eu havia dito e, sim que eu iria me despedir de Alec.
Jacob parecia querer não me deixar ir, querendo me aprisionar em seus braços.
O anuncio que meu vôo partiria daqui a poucos minutos me despertou de meus pensamentos, fazendo com que praticamente corresse para o embarque.
***
Depois de longas doze horas – mais ou menos – eu estava na Itália, o berço do renascimento.
Agora me encontrava no banco de trás de um taxi, indo para Volterra.
Lindas paisagens passavam por mim, esperava poder ir a cada uma delas, com Alec do meu lado.
Só de lembrar dele sinto um frio na barriga, só agora dando-me conta de que o plano era muito arriscado e, talvez eu morresse antes mesmo de ver seu belo rosto.
Os Volturi não perderiam a chance de me matar.
O frio na barriga transformou-se em tremor.
Mas, antes que eu pudesse dizer ao motorista que parasse e que me levasse de volta ao aeroporto, eu havia chegado ao meu destino.
Volterra.
***
Os altos muros de Volterra dificultavam a passagem de sol para a praça principal. Eu sabia que se quisesse achar Alec teria que ser ali.
A praça não estava muito cheia, tinha apenas alguns italianos e alguns turistas, como eu.
Fiquei procurando-o por um bom tempo, sem nada encontrar.
Quando estava prestes a desistir e sair de lá enquanto ainda podia, enquanto ainda estava viva, ele apareceu diante a torre do relógio.
Alec estava lá, com um sorriso estampado em seu rosto e, antes que eu pudesse sorrir também, ele já estava na minha frente, se inclinando e colocando seus lábios frios nos meus lábios quentes.
Era uma sensação maravilhosa, uma sensação que eu só podia ter com ele.
— Então senhorita Renesmee, a que devo a honra? – ele me pergunta assim que nossos lábios se separam.
— Vim para me despedir. – seus olhos agora estavam apertados – Vou me casar Alec, daqui a duas semanas, então eu pensei que seria... Legal ter uma despedida. – com certeza a palavra legal não se encaixava.
Ele nada falou, apenas me puxou para seus braços, me beijando novamente.
Não sei quantos minutos se passaram, somente sei que foram muitos, ou pelo menos, pareceram-me que se passaram vários minutos.
— Então vamos aproveitar a nossa despedida. – ele sorri, um sorriso meio triste, talvez por ele saber que esta seria a última vez que nos veríamos em circunstancias agradáveis.
— Sim vamos aproveitar. – tento dar um sorriso também, qualquer coisa que o animasse, sem muito sucesso.
— Então, por onde quer começar? – ele me pergunta.
— Hum... Não sei... Que tal irmos passear em Florença ou Toscana?
— O que quiser. – seu sorriso agora era mais original.
Então demos as mãos e começamos a correr em meio às sombras projetadas pelos muros.
Eu não me aguentava de ansiedade só de imaginar as maravilhosas paisagens que nos aguardavam. Queria chegar rápido, para apreciar a paisagem e, sobretudo para aproveitar o meu tempo com Alec, que estava de certo modo, contado.
O meu plano não pareciam mais tão arriscado, pois estava de mãos entrelaçadas com Alec.

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