sexta-feira, 1 de outubro de 2010

13. Noite

Alec
Mesmo depois que Renesmee partiu, seu rosto continuou em minha mente, em especial os olhos castanhos – iguais aos da mãe dela.
Ela havia crescido, não era mais aquela menina que sete anos atrás que estava nas costas de Isabella. Nessie já era uma mulher, e agora ia se casar! Surpreendi-me, pois quando me lembrei deste fato eu fiquei com raiva, mas eu não tinha motivos para isso.
Suspiro tentando tirar Nessie da minha cabeça e depois começo a correr, mas no meio do caminho algo me fez parar... Senti uma fragrância meio humana e meio vampira, minha mente voou para Renesmee e simplesmente segui esta fragrância deliciosa.
Quando saio da floresta, vejo os cabelos de Nessie esparramados ao chão e cheguei mais perto para vê-la. Seu nariz estava vermelho, com certeza ela andou chorando e isso fez com que eu sentisse um aperto por dentro.
Inspirei o ar e – além do cheiro de Renesmee – eu não pude sentir mais nenhum cheiro... Ora, onde estaria o lobisomem?
Nessie agora estava se encolhendo, rapidamente tirei o meu manto e o pus sobre ela.
Depois de alguns momentos ela começou a murmurar:
Jacob... Por favor, não me deixe... Jake, por favor! – ela implorava.
Fiquei magoado quando ouvi o nome dele saindo dos lábios dela, pois percebi que eu queria que fosse o meu nome saindo da boca dela.
Os lábios dela... Os lábios dela chamavam os meus e percebi que me inclinava sobre ela, mas não conseguia parar... Meus lábios encostaram-se aos dela delicadamente, durou apenas poucos segundos, mas foi o melhor beijo de minha longa vida. Gostaria que ela estivesse acordada para poder sentir também.
Já era noite, as sombras nos tocavam e provavelmente o lobo já estaria voltando. Suspiro, eu não queria ter que me afastar dela, mas era necessário.
Encosto novamente os meus lábios aos dela e sussurro em sua orelha:
− Tchau... Nos veremos de novo.
Sua pele se arrepiou e pude me imaginar encostando meus lábios em seu pescoço e tomando o sangue delicioso dela... Minha garganta arde derrepente e lembro que esqueci que eu precisava me alimentar.
Afasto-me dela rapidamente e saio correndo em direção à floresta.
Eu teria que me alimentar e rápido! Saio da floresta e me encaminho para a cidade... Agora estaria melhor para ninguém me notar e nem aos meus olhos vermelhos carmesins.
Ando calmamente, escolhendo minha presa e vejo uma garota solitária, e vou até ela. Assim que ela vê que eu me aproximo, seus olhos se arregalam diante da minha beleza e falo para ela:
− Boa noite senhorita, não gostaria de dar uma volta comigo?
Ela apenas assentiu e eu seguro a mão dela, agora a sede era demasiada!
Quando estávamos totalmente fora de olhares eu a viro de frente para mim e beijo os seus lábios, e vou seguindo até o seu pescoço, onde cravo os meus dentes em sua carne macia e começo a sugar todo o sangue dela. Anestesio-a para que ela não sentisse nenhuma dor e nem gritasse ou chorasse.
Quando eu acabo com ela a sede já estava adormecida e logo após alguns minutos pude ouvir um pequeno som de passos, já sabendo quem eu encontraria ao me virar: Jane
− Hora de nós voltarmos para Volterra. – fala ela com sua voz infantil.
− Tudo bem. – respondo com um suspiro.
− Fiquei a tarde toda te procurando, onde você estava? – seus olhos rubis estavam me sondando.
− Você nem faz ideia! – falei e seus olhos estavam curiosos.
− Vamos e você me conta no caminho.
Acompanhei-a, somente com meu corpo presente, minha cabeça estava em Renesmee. Não consegui deixar de sorrir quando pensei nela e os olhos de Jane passaram da curiosidade para a preocupação para com a minha sanidade.
Realmente, eu deveria estar louco.

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